quinta-feira, 23 de outubro de 2008

As principais fontes escritas sobre esse período são a Ilíada e a Odisséia, dois longos poemas atribuídos a Homero. A Ilíada descreve episódios verídicos e imaginários da Guerra de Tróia (Tróia em grego é ilion, daí Ilíada). Já a Odisséia conta o regresso de Ulisses da Guerra de Tróia (outro personagem importante desse poema é Penélope, a esposa de Ulisses que aguarda seu retorno).

Dos génos à sociedade de classes

Nos tempos homéricos a sociedade grega estava organizada em génos, ou seja, em grandes famílias cujos membros descendiam de um único antepassado; cultuavam, também, o mesmo deus-protetor.

Cada génos era chefiado por um patriarca, que concentrava em suas mãos o poder militar, político, religioso e jurídico.

A economia dos génos era natural e auto-suficiente. Natural porque se baseava em trocas de produtos por produtos. Auto-suficiente porque cada uma dessas comunidades produzia o necessário para atender às suas próprias necessidades. A propriedade da terra era coletiva.

No final dos tempos homéricos, o crescimento da população, a falta de alimentos e de terras férteis começaram a causar violentos conflitos no interior dos génos. Seus membros decidiram, então, realizar uma divisão de terras conforme o critério de parentesco: os parentes mais próximos do patriarca ficaram com as terras maiores, os parentes mais ou menos próximos ficaram com as menores e os mais afastados, que constituíam a maioria, ficaram sem terra. Nascia, assim, na Grécia Antiga a propriedade privada da terra e a sociedade de classes. Inicialmente eram três: a dos grandes proprietários, a dos pequenos proprietários e a dos sem-terra.

Muitos dos que ficaram sem terra tiveram que se dedicar ao artesanato ou trabalhar para os grandes proprietários, recebendo em troca apenas roupa e comida, ou seja, trabalhavam como escravos.

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